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domingo, 2 de novembro de 2014

Fisioterapia e Dor Orofacial

Fisioterapia e Dor Orofacial

Anatomicamente podemos seguir a seguinte divisão relacionadas a Dor Orofacial

REGIÃO CRÂNIO-CERVICAL - todas as estruturas anatômicas que se encontram entre occipital e C3 (músculos cervicais, articulações, ligamentos)
REGIÃO CRÂNIO-FACIAL- todas as estruturas anatômicas e funcionais do crânio, exceto para a ATM (vasos, olhos, ossos crânio)
REGIÃO CRÂNIO-MANDIBULAR - todas as estruturas que estão anatomicamente e funcionalmente ligados à ATM (disco, zona bilaminar, etc)
O papel do tratamento Fisioterapêutico que aborda as regiões facial, mandibular, intra-oral, cefálica, cervical e dorsal, além da cintura escapular. Em linhas gerais, a Fisioterapia pode tratar as patologias articulares, dores e disfunções musculares, alterações funcionais, posturais, neurológicas e circulatórias que afetam estas regiões, além de melhorar as condições do tecido cicatricial.
Restabelece as funções dos sistemas craniovertebral e craniomandibular
Entre causas de Dor orofacial, temos entre as principal senão a principal a DTMs, causadas por: dor miofascial,  deslocamentos do disco articular da atm e alterações degenerativas da ATM.

Os objetivos do tratamento fisioterapêutico para dor miofascial são: a identificação dos trigger points, sua inativação, e o retorno à função normal sem dor.
Os casos de deslocamento de disco, mesmo aqueles em que o paciente só se queixa de estalido, sem travamento ou dor, devem ser acompanhados.
O paciente deve ser instruído sobre possíveis complicações futuras e orientado a diminuir a sobrecarga na região de ATM.

As alterações degenerativas da ATM podem apresentar-se com ou sem dor. A preocupação é melhorar a condição articular, diminuindo a pressão intra-articular e permitindo o retorno à função mandibular normal.
O tratamento da dor orofacial começa com um conhecimento minucioso da queixa de dor do paciente. Somente com esta condição pode ser feito um diagnóstico correto e selecionar o tratamento. Deve ser realizada uma anamnese completa, exames complementares e exames radiográficos apropriados, testes de diagnóstico diferencial. O paciente deve descrever detalhadamente os sintomas e é realizada palpação da face e mandíbula (articulação e músculos da mastigação) para definir os locais de dor ou hipersensibilidade, ausculta dos ruídos articulares e observar a limitação ou travamento do movimento de abertura e fechamento da boca.

Diagnóstico diferencial
 
·        Desordens de dor intracranianas: as desordens das estruturas intracranianas, por exemplo, neoplasmas, aneurismas, abscessos, hemorragias ou hematomas e edemas, devem ser consideradas em primeiro lugar no diagnóstico diferencial, pois põem a vida em risco e podem requisitar atenção imediata. As características das desordens intracranianas graves incluem nova ou abrupta instalação da dor ou dor progressivamente mais severa, interrupção do sono pela dor, e precipitação da dor por esforço ou mudança de posição (tossir, espirrar). Outros sintomas são perda de peso, fraqueza e febre com dor.
·        Transtornos de cefaléia primaria (transtornos neurovasculares): enxaqueca, variantes da enxaqueca, cefaléias em salvas, hemicrânia paroxística, cefaléia tipo tensão.
·        Desordens de dor neurogênica : são condições dolorosas que têm origem em estruturas neurogênicas, como nevralgias do trigêmeo, glossofaríngeo, nervo intermédio. Como as estruturas somáticas não estão afetadas, o exame falha em revelar qualquer causa obvia ou condição patológica, isto pode impor dificuldades no diagnostico. A dor geralmente é descrita como uma dor persistente, progressiva e com sensação de queimação. Os pacientes com freqüência relatam sensações anormais (disestesia) que são exacerbadas pelo movimento ou toque.
·        Desordens de dor intra- oral: a dor intra- oral é a fonte mais comum de dor orofacial, estas incluem desordens de polpa dentaria, periodonto, tecidos mucogengivais e língua. Muitas destas desordens só são tratadas pelo cirurgião-  dentista.
·        Desordens temporomandibulares: desordens temporomandibulares (DTM) é um termo coletivo que inclui vários problemas clínicos envolvendo os músculos da mastigação ou ATM. As desordens temporomandibulares foram identificadas como a principal causa de dor não- dental e são consideradas como uma classificação das desordens musculoesqueleticas.
·        Desordens de dor de estruturas associadas que podem produzir dor orofacial: varias estruturas como orelhas, olhos, nariz, seios paranasais, garganta, linfonodos, glândulas salivares e pescoço podem ser responsáveis pela dor orofacial. Muitas destas estruturas produzem dores heterotópicas manifestadas nas estruturas orofaciais, podendo ser confundidas com dor de dente ou DTM.
·        Fatores psicossocias: há muitos fatores psicossocias que contribuem para a experiência de dor do paciente. Fatores de stress podem aumentar a tensão, insegurança e disforia, causando por sua vez o aumento das atividades do sistema mastigatório através de comportamentos parafuncionais não usuais. A depressão, ansiedade e sentimentos negativos prolongados são comuns entre pacientes com dor crônica e podem tornar a dor persistente mais difícil de tolerar ou de tratar. Deve ser enfatizado que os transtornos mentais e orofaciais não são condições mutuamente exclusivas. Indivíduos com distúrbios psiquiátricos podem ter desordens orofaciais dolorosas verdadeiras, e inversamente, a falta de achados orgânicos claros em pacientes com sintomas persistentes de dor orofacial é insuficiente para sugerir origem psicogênica para essas queixas.
O tratamento da dor orofacial começa com um conhecimento minucioso da queixa de dor do paciente. Somente com esta condição pode ser feito um diagnóstico correto para selecionar o tratamento.

O tratamento visa reestabelecer a estrutura afetada quando detectada, uso de medicamentos analgésicos específicos para os diferentes tipos de dores, terapias comportamentais, fisioterapia, cirurgias e, atualmente, alguns procedimentos minimamente invasivos que bloqueiam a condução do estímulo doloroso.
O Tratamento fisioterapêutico tem como objetivo:

. Minimizar a sintomatologia dolorosa;
. Restaurar a função muscular;
. Melhorar a amplitude de movimento;
. Redução de tensões musculares exacerbadas e pontos gatilhos;
. Melhorar a postura, sobretudo de cabeça e coluna cervical;
. Reduzir a carga na articulação temporomandibular, evitando a necessidade de cirurgias articulares

Técnicas utilizadas:

• Exame da ATM e Postura Coporal

• Relaxamento Muscular Endobucal (Masséter, Pterigóideos Medial e Lateral, Temporal);

• Relaxamento Muscular cervico-cranio-mandibulares (Trapézio, Escalenos, Esternocleidomastoideo, Infra-hioideos, Supra-hioideos entre outros)

• Liberação articular da cervical alta e baixa com mobilizações

• Liberação articular da ATM com mobilizações
Manobras Intra-orais Drenagem Linfatica Facial
Inibição Muscular Reflexa
Osteopatia, Mulligan
Terapia Neural
Dry Needling




Dr. Antonio Viana C Junior (Fisioterapeuta)
Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopedica
Osteopatia, Quiropraxia
Tratamento de Disfuncoes da ATM e Pos-Operatorio de Cirurgias Ortognaticas