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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

TERAPIA NEURAL - TRATAMENTO DE DORES AGUDAS E CRÔNICAS

Terapia Neural
Abordagem diagnóstica e terapêutica visando estimular a regulação do sistema nervoso autônomo na atenção às disfunções dolorosas e cinéticas funcionais humanas, induzindo processos de auto-regulação e reequilíbrio.

Quais são as principais indicações da Terapia Neural?

As disfunções que cursam com dores musculoesqueléticas, tais como epicondilites, tendinites, miosites, neuralgias, fibromialgia, hérnias discais, cefaléias cervicogênicas, dentre outras, possuem em comum componentes neurovegetativos com repercussões locais e à distância, em função das inúmeras interconexões neurais presentes no corpo humano.

Os desequilíbrios neurovegetativos, ou seja, hiper ou hipoatividade simpática, parasimpática ou visceral, isoladas ou combinadamente, produzem alterações circulatórias regionais e/ou sistêmicas, alterações da condução neural, levando ao desencadeamento e/ou agravamento de condições hipertônicas, hipersensibilidade e algias.

Muitas vezes, apesar do uso de fármacos potentes analgésicos, AINHs, antidepressivos e outros, não há alívio de sintomas. Diversos autores como descrevem que a Terapia Neural produz efeitos diretos sobre a circulação e inervação autônoma, favorecendo a absorção e a ação destes fármacos.


A Fisioterapia Neural consiste na estimulação de terminais nervosos do sistema nervoso autônomo que se encontram bloqueados, intoxicados ou estagnados em função da presença de tecidos inflamados, em sofrimento bioquímico por falta de oxigénio e nutrientes, ou necróticos.

Trata-se o paciente com agulhamento auxiliado por anestésico local em baixa concentração (de 0,5 a 1% normalmente) em pontos específicos do corpo.

Praticada por diversos profissionais de saúde oriundos da Alemanha no Brasil e diversos países da América Latina.

PATOLOGIAS TRATADAS:

- Distúrbios músculoesqueléticos (tendinopatias, artropatias,etc)
- Fibromialgia
- Algias de Coluna
- Disfunção da ATM
- Dores Orofaciais
- Cicatrizes Hipertróficas
- Enxaquecas

Dr. Antonio Viana de Carvalho Júnior

Rua José Alves Campos, 200 Guararapes
Consultório próximo ao Iguatemi
(85) 8845-9623/9955-7355
vianajunior@antonioviana.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cefaléia e DTM




A articulação temporomandibular (ATM), pela suas peliculiaridades, é sede freqüente de manifestações que cada vez solicitam mais atenção. A disfunção de qualquer um de seus elementos pode desorganizar todo o sistema estomatognático e desencadear os mais diversos quadros patológicos.

A relação entre cefaléia e disfunção da ATM é freqüente, apesar de poderem também aparecer associadas ao acaso, pois estas desordens são bastante prevalentes.
Portanto, uma adequada avaliação para o correto diagnóstico etiopatogênico é de extrema importância para instituir o tratamento adequado, pois a base da terapêutica está, principalmente, na eliminação do fator desencadeante, bem como nos fatores predisponentes. Diversos protocolos de avaliação, diagnóstico e tratamento têm sido utilizados. Muitos são os processos terapêuticos empregados até o momento, o critério para escolha é feito de acordo com a particularidade de cada caso e a intervenção interdisciplinar mostra resultados benéficos para estes pacientes, porém são necessários maiores estudos para o seu esclarecimento.

Alterações no sistema mastigatório (dentes, periodonto, músculos e ATM) podem levar a reações adaptações e sintomas nesse sistema. A cefaléia é um dos sintomas mais comuns nos problemas de ATM.

Portanto, uma adequada avaliação para o correto diagnóstico etiopatogênico é de extrema importância para instituir o tratamento adequado, pois a base da terapêutica está principalmente na eliminação da causa desencadeante, bem como nos fatores predisponentes. A terapêutica sintomática simples leva somente a um êxito temporário, pois se a causa não é eliminada, o mal se repete ou continua.

Após a perda dos dentes ou dos tecidos, mudanças compensatórias ocorrerão na direção das forças dos músculos mastigatórios, levando a alterações estruturais, podendo ser responsáveis por sintomas clínicos como dor local com irradiações para o ouvido

Disfunção da articulação temporomandibular

A articulação temporomandibular, pelas peliculiaridades que apresenta dentro do sistema estomatognático, regulada por reflexos neuromusculares extremamente delicados, é sede freqüente de manifestações que cada vez solicitam mais atenção. Qualquer alteração, por mínima que seja, modificando a relação oclusal ou promovendo incordenações musculares, nela se reflete, induzindo disfunção caracterizada por síndromes dolorosas que podem ser agravadas por diversas situações. Devemos lembrar que a articulação temporomandibular não é um elemento anatômico isolado, sendo parte essencial de um mecanismo bastante complexo integrado pelos seguintes elementos: ATM, músculos mastigadores, músculos do assoalho bucal, ligamentos, língua, lábios, glândulas salivares, dentes, nervos motores e sensitivos, ossos maxilares, etc.

A disfunção de qualquer um dos elementos pode, num dado momento, desorganizar todo este sistema e desencadear os mais diversos quadros patológicos que, direta ou indiretamente, repercutem sobre a ATM e seus componentes musculares.

Inicialmente, pesquisadores tentaram estabelecer a patogênese deste quadro doloroso em que toda a atenção concentrou-se nos transtornos articulares. Posteriormente, compreendeu-se que as manifestações sobre o osso e a cartilagem articular não eram senão conseqüência de alterações localizadas em todo o sistema temporomandibular. Depois de uma série de trabalhos, concluiu-se que toda a problemática residia no desequilíbrio neuromuscular Para analisar um distúrbio, devemos nos basear em dois aspectos fundamentais: sua fisiopatologia e sua causa ou causas. Sabe-se que a fadiga muscular e o espasmo são responsáveis pelos principais sintomas de dor, sensibilidade, ruído e limitação de função, que caracterizam a síndrome de dor e a disfunção na articulação temporomandibular.

O desenvolvimento do espasmo dos músculos da mastigação decorrente de qualquer dos mecanismos citados pode acarretar dor e limitação dos movimentos, assim como pequeno desvio da posição de repouso da mandíbula, impedindo a oclusão adequada dos dentes. Os dentes podem deslocar-se gradualmente a fim de acomodar a má oclusão, se a mesma persistir por tempo suficiente, mas então, quando o espasmo for aliviado, os pacientes desenvolvem outro desequilíbrio oclusal, quando a musculatura aliviada permite o retorno dos maxilares à sua posição original normal.

Cefaléia e disfunção da articulação temporomandibular

De acordo com a literatura odontológica, a relação entre cefaléia e disfunção da ATM é freqüente, apesar de também poderem aparecer associadas ao acaso, pois essas desordens são bastante prevalentes. Dos sinais e sintomas clínicos encontrados, a dor dos músculos mastigatórios à palpação tem sido considerada a de maior relação com a cefaléia.

Avaliação e diagnóstico

Diversos protocolos de avaliação, diagnóstico e tratamento das desordens temporomandibulares tem sido usados. O comitê da Sociedade Internacional de Cefaléia tentou uniformizar criando termos para a classificação dessas disfunções através de critérios diagnósticos, incluindo sinais e sintomas, anormalidades morfológicas e disfunções da mandíbula, da língua e da boca; porém não inclui sensibilidade dos músculos pericraniais e da mandíbula


Critérios de disfunção temporomandibular

Deve estar presente três ou mais dos seguintes itens:


– Ruídos na ATM com a movimentação da mandíbula.
– Limitação ou espasmo na movimentação da mandíbula.
– Dor.
– Travar a mandíbula durante a abertura.
– Cerrar os dentes.
– Ranger os dentes.
– Outras parafunções orais


Sugestão para examinação na disfunção temporomandibular

Procure por ruídos ou estalidos na ATM.
Apalpe e procure anormalidades na ATM.
Mensure a abertura da boca (> 40 mm).
Apalpe a região lateral e dorsal da ATM procurando hipersensibilidade.
Determine a posição e o contato dos dentes molares, prémolares e incisivos, incluindo a perda dos molares e mau funcionamento dos dentes

TRATAMENTO

Tanto o tratamento de cefaléias quanto de DTM (Disfunção da ATM) devem incluir consultas com especialistas médicos, odontólogos, psicólogos e fisioterapeutas, para maior uma conclusão diagnóstica mais segura da causa principal do distúrbio.
Caso a cefaléia esteja verdadeiramente correlacionada com a DTM, o paciente deve buscar ajuda com um dentista e um fisioterapeuta especialiazados no assunto.

FISIOTERAPIA

A fisioterapia atua no tratamento das DTM objetivando o relaxamento da musculatura em espasmo, alivio da sintomatologia dolorosa, inclusive a cefaléia, melhora dos movimentos crânio-mandibulares e cervicais, condicionamento da musculatura crânio-cérvico-mandibular










Referências:

Olesen JW, Tfelt-Hansen P, Welch KMA. The headaches.
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2000
IHS – International Headache Society. Headache
Classification Committee. Classification and diagnostic
criteria for headache disorders, cranial neuralgias and
facial pain. Cephalalgia, 8(suppl. 7):1-96, 1988
Svensson P, List T, Hector G. Analysis of stimulus-evoked
pain in patients with myofascial temporomandibular pain
disorders. Pain, 92(3):399-409, 2001.


Dr. Antonio Viana de Carvalho Júnior
Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica
Tratamento de DTM e Pós Operatório de Cirurgias Ortognáticas
(85) 8845-9623/9975-7355
vianajunior@antonioviana.com.br

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Compete ao Fisioterapeuta, para o exercício do método Pilates no Diário Oficial da União

ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIBERAIS
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
RESOLUÇÃO Nº 386, DE 8 DE JUNHO DE 2011
Dispõe sobre a utilização do método Pilates pelo Fisioterapeuta e dá outras providências.
O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições conferidas pelo inciso II do Art. 5° da Lei n° 6.316 de 17 de setembro de 1975, em sua 211ª Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 08 de junho de 2011, na sede do CREFITO-8, situada na rua Jaime Balão, 580, Hugo Lange, Curitiba- PR, deliberou:
CONSIDERANDO que a fisioterapia é profissão regulamentada pelo Decreto Lei n° 938 de 1969;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução COFFITO n° 8 de 1978;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução COFFITO n° 80 de 1987;
CONSIDERANDO o amplo reconhecimento social do método Pilates, prescrito e exercido por profissionais Fisioterapeutas;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CES n° 4 de 19 de fevereiro de 2002 que normatiza as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Fisioterapia;
CONSIDERANDO as ações de promoção da saúde, bem estar social e qualidade de vida da Organização Panamericana da Saúde (OPA) e Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil.
resolve:
Artigo 1° – Compete ao Fisioterapeuta, para o exercício do método Pilates, prescrever, induzir o tratamento e avaliar o resultado a partir da utilização de recursos cinesioterapêuticos e mecanoterapêuticos, devendo observar:
a)Que o método Pilates é um recurso cinesioterapêutico e mecanoterapêutico que promove a educação e reeducação do movimento corporal, composto por exercícios terapêuticos de promoção, prevenção e recuperação da saúde físico funcional;
b)Que o objetivo da utilização do método Pilates, é a estabilização postural, melhoria da força muscular para desempenho das atividades de vida diária, mobilidade articular, equilíbrio corporal e harmonia das cadeias musculares, entre outras com vistas à melhora da condição de saúde e qualidade de vida de seus clientes/pacientes.
c)Que a avaliação dos seus clientes/pacientes ocorrerá para eleger o melhor recurso do método Pilates e propedêutica apropriada, tais como: tempo, intensidade e freqüência do tratamento individualizado ou em grupo, de forma que garanta a qualidade da assistência fisioterapêutica.
d)Que a avaliação, prescrição e a evolução da intervenção fisioterapêutica constarão em prontuário, cuja responsabilidade deverá ser assumida pelo Fisioterapeuta, inclusive quanto ao sigilo profissional, bem como a observância dos princípios éticos, bioéticos, técnicos e científicos.
Artigo 2° Para os efeitos éticos e legais desta Resolução, o método Pilates sempre que indicado e administrado por profissional Fisioterapeuta estará vinculado ao controle ético e fiscalizatório do Sistema COFFITO/CREFITOs, sendo, portando, necessário o registro, por parte do profissional Fisioterapeuta, do seu consultório ou empresas referidas no Artigo 4° no CREFITO de sua circunscrição.
Artigo 3° Os casos omissos serão deliberados pelo Plenário do COFFITO.
Artigo 4° Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ELINETH DA CONCEIÇÃO DA SILVA BRAGA
Diretora-Secretária
ROBERTO MATTAR CEPEDA
Presidente do Conselho
D.O.U., 14/06/2011 – Seção 1

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fisioterapia Neural

A Fisioterapia Neural consiste na estimulação de terminais nervosos do sistema nervoso autônomo que se encontram bloqueados, intoxicados ou estagnados em função da presença de tecidos inflamados, em sofrimento bioquímico por falta de oxigénio e nutrientes, ou necróticos.

Trata-se o paciente com agulhamento auxiliado por anestésico local em baixa concentração (de 0,5 a 1% normalmente) em pontos específicos do corpo.

 


Praticada por diversos profissionais de saúde oriundos da Alemanha no Brasil e diversos países da América Latina
O sistema nervoso vegetativo é uma enorme rede de informação que conecta todo o organismo através de impulsos eletromagnéticos. Além de transmitir emoções ao corpo físico e armazenar memórias, também integra órgãos e tecidos, regulando suas funções.
Situações traumáticas, como stress emocional ou intervenções cirúrgicas, descarregam o potencial bioelétrico da membrana celular, impossibilitando a comunicação das células com o resto do organismo. Estes campos de interferência bloqueiam a informação, enfraquecendo nossa capacidade de auto-cura.
A terapia neural elimina os bloqueios que alteram o intercambio de informação e irritam a rede nervosa, reativando o mecanismo auto-bioregulador do corpo e criando uma nova ordem de equilíbrio por meio da própria força vital. Sua abordagem é holística pois cria conexões, parte do princípio que qualquer irritação que altere as propriedades de uma parte do sistema, afetará toda a sua totalidade.
O objetivo da Terapia Neural é “desprogramar” traumas no corpo físico e emocional à nível celular, desalojando sentimentos aprisionados no sistema que impedem a pessoa de habitar o momento presente. É eficiente no tratamento de diversos desequilíbrios emocionais e físicos, tais como estresse, falta de concentração, falta de memória, fadiga, depressão, insônia, transtornos no ciclo menstrual, desequilíbrios na tireóide, no climatério e na menopausa, TPM< dores crônica e agudas, nevralgias, entre outros males.

terça-feira, 1 de março de 2011

Entenda mais sobre deslocamento de disco na ATM


Essa estrutura permite o deslizamento dos ossos sem que haja atrito de osso-contra-osso, além de proporcionar outras funções como, por exemplo, facilitar a distribuição do líquido sinovial que banha a articulação, levando nutrientes para as várias partes da superfície articular
Essa estrutura permite o deslizamento dos ossos sem que haja atrito de osso-contra-osso, além de proporcionar outras funções como, por exemplo, facilitar a distribuição do líquido sinovial que banha a articulação, levando nutrientes para as várias partes da superfície articular.
Quando este disco é danificado, a função fica comprometida e predispõe a articulação a um processo degenerativo que irá termirá muitas vezes em uma ATM deformada, com dores e limitação dos movimentos.
Um ponto importante é descobrir a causa da perfuração do disco, pois uma lesão por traumatismo terá um tratamento diferente de uma lesão provocada por uma doença autoimune ou reumática, bem como terá diferenças nos resultados.
Como identificar? Alguns sinais e sinomas que podm ser percebido pelo próprio paciente, bem como alguns exames podem ajudar a diagnosticar a perfuração do disco:
  • Presença de crepitação, aquele barulho de areia na ATM;
  • Dor localizada na ATM (logo à frente do ouvido) ao movimentar a mandíbula;
  • Dor ao morder alimentos duros
Entretanto como esses sinais e sintomas acima mencionados não são específicos da perfuração de disco, ou seja, podem ocorrer também em osteoartrites onde o disco ainda
não está perfurado,  o diagnóstico diferencial deverá envolver o uso de exames de imagem, especialmente a ressonância magnética, para que se possa avaliar a extensão dos danos e monitorar o avanço e/ou regressão do problema.

Assim como um disco da coluna vertebral pode sair fora do alinhamento, o mesmo pode acontecer com a articulação em sua mandíbula. Isso ocorre quando os ligamentos que normalmente mantém o disco em posição perdem esta capacidade levando a mandíbula a produzir “estalos” na abertura e fechamento. A causa pode ter origem em uma lesão traumática passada, ou uma carga repetitiva na articulação. A artrite da ATM irá aumentar a probabilidade de um deslocamento de disco.
O disco funciona como amortecedor, e quando ele está fora de posição, pode levar à artrite na articulação da mandíbula e adesões. Além disso, o principal nervo da articulação é conectado à parte posterior do disco, assim quando o disco é deslizado fora de posição, freqüentemente há uma compressão do nervo e os vasos sanguíneos, causando dor e inflamação ao redor da orelha e da têmpora. Quando isso ocorre os músculos da mandíbula se contraem ao redor da articulação a fim de protegê-la. Isto pode frequentemente levar a dor na região mandibular, no pescoço e dores de cabeça. Deslocamentos de disco geralmente leva a limitações na capacidade de abrir a boca ou movimenta-la de um lado ao outro. Além disso, às vezes, ocorre que a mordida se altere e a pessoa não consiga mais fechar os dentes em suas posições normais. Existem dois principais tipos de deslocamentos de disco, descritos abaixo.

Deslocamento do disco da ATM com redução (clique da mandíbula)



  
A mandíbula normalmente faz um "clique" ou um estalo, e quando isso acontece, faz com que movimentos assimétricos ocorram na abertura ou fechamento. O "clique" ocorre quando o disco desliza dentro e fora de sua posição estável à medida que a mandíbula  se movimenta durante a função.

Deslocamento do disco da ATM sem redução (maxilar travado)




Isso ocorre quando os ligamentos são alongados demais e o disco desliza muito longe da posição normal de modo que já não pode "clicar" no lugar. Em seguida, ele age como um  bloqueio ao movimento normal da articulação. Como a abertura da boca é limitada também é chamada de "mandíbula travada", apesar de normalmente uma pessoa ainda poder abrir cerca de dois dedos de amplitude.

A Fisioterapia Especializada em Disfunções Crânio-Mandibulares, tem contribuido bastatnte para a eliminação destes sintomas, bem como melhorado a qualidade de vida dos pacientes com DTM. Através de recursos eletrotermofototerapeuticos, manobras intra-orais realizadas com luvas, desprogramação da musculatura em hiperatividade e condicionamento da musculatura mastigatória e cervical, temos tratado e muito bem estes tipos de pacientes.

Dr. Antonio Viana de Carvalho Junior
Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica

Disfunções da ATM

Osteopatia e Posturoterapia

(85) 8845-9623/9955-7355
Ed Patio Dom Luis Torre II Sala 2008

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cervicobraquialgias


A dor na coluna cervical, com ou sem irradiação para o membro superior e outras estruturas, tem uma prevalência alta na população (entre 28% e 34% das pessoas com mais de 25 anos).
A braquialgia é uma complicação tardia da cervicalgia, sendo sua freqüência três vezes maior nos pacientes que já sofreram dor na coluna cervical.
A cervicalgia e a cervicobraquialgia podem ter as seguintes causas :
- originárias de alterações da própria coluna cervical
- provocadas por alterações fora da coluna cervical

.
É interessante classificar sindromicamente as cervicobraquialgias, agrupando-se os sinais e sintomas, levando mais em consideração sua exteriorização clínica do que propriamente sua etiopatogenia :
1. Síndromes articulares 

A dor é do tipo mecânico e intermitente, com história anterior de trauma, aparecendo ou se exacerbando com os movimentos da coluna cervical.
As estruturas lesadas são sensíveis à pressão exercida pelos dedos do examinador.
Os pacientes com vertigens, tonturas e zumbidos devem realizar radiografias de coluna cervical.

2. Síndromes radiculares 

São causadas pela compressão das raízes nervosas por material discal herniado ou protrudente, ou por osteófitos posteriores que invadem o orifício de conjugação, ou, ainda, por ambos.
A dor é, muitas vezes, de caráter agudo, severa e agravada pelos movimentos da cabeça, sendo acompanhada de parestesias e, eventualmente, de fraqueza muscular.
As dores são intermitentes, melhoram com o repouso e com algumas posições da cabeça.

3. Síndromes mielopáticas  

Os sintomas são : parestesias, fraqueza de membros inferiores mais do que superiores, hipotrofia muscular e paraparesia espástica pós-fadiga.

4. Síndrome da artéria vertebral 

As alterações espondiloartrósicas deslocam a artéria lateralmente e, em casos graves, até posteriormente, com possíveis tonturas, ataques isquêmicos cerebrais e cerebelares, nistagmo, fraqueza, disartria e dor de cabeça, que podem ser desencadeadas pelos movimentos do pescoço.

É importante ressaltar, que o diagnóstico diferencial é, como em qualquer outra patologia, a chave no tratamento da cervicobraquialgia. Detectar as condições estruturais, nervosas e vasculares da região, assim como, o tecido lesado e o agente causador, é o fator fundamental que vai nortear o caminho a ser tomado. Portanto, para podermos pautar o tratamento, devemos ter em conta todas as possíveis origens da dor, assim como as características da dor de acordo com cada tecido. Feito isso, as grandes armas do Terapeuta Manual no seu diagnóstico e tratamento são a palpação e os testes de mobilidade.

Descobrir as restrições teciduais, suas direções e parâmetros é o que nos possibilita saber que técnica usar e de que forma. Seguindo estes preceitos básicos, torna-se muito mais rápido e eficaz o tratamento da cervicobraquialgia. 


Na grande maioria das vezes a osteopatia tem boa indicação e resultado no tratamento das neuralgias cervicobraquiais, pois nem sempre a neuralgia cervicobraquial está associada a um comprometimento discal, ou a uma patologia, pelo contrário está mais comumente associado a uma disfunção somática.

As cervicobraquialgias estão comumentes associadas a quatro fatores:

· Radiculalgias (distúrbios ao nível do forâme de conjugação com conseqüente irradiação às estruturas inervadas por aquela raiz nervosa)

· Patologias dos MMSS (principalmente as neuropatias periféricas que podem provocar irradiação no sentido tanto da cervical quanto do punho)

· Dores Referidas (vísceras e patologias diversas que podem apresentar sintoma de dor reflexa no trajeto cervicobraquial

· Distúrbios Estruturais (cadeias lesionais de origem ascendente ou descendente que podem provocar uma sobrecarga na região cervicobraquial)

As radiculalgias, ou compressão das raízes nervosas, podem ser distribuidas em três grupos:

· Lesões unco-disco-radiculares (associadas a uma discopatia ou uma artrose uncovertebral)
· Mielopatia cervical (estreitamento do canal medular)
· Processos inflamatórios que afetam as raízes nervosas (lesões osteopáticas)

Algumas síndromes dos MMSS que podem desencadear uma cervicobraquialgia:

· Síndrome do túnel do carpo (sinal de Tinel, British, Phalen)
· Síndrome do desfiladeiro torácico (Teste de Wright)
· Periartrite escápulo-umeral
· Epicondilite

Outros motivos de dor no trajeto cervicobraquial são as dores referidas, que podem ocorrer por distúrbios viscerais. Tais dores, têm como principal característica, não estar associadas ao movimento, ou seja, não apresentam alteração da dor à mudança de posicionamento.

Algumas vísceras que podem produzir dores nessa região:

· Coração (dor referida em MSE)
· Pulmão (dor referida em escalenos)
· Fígado (dor referida em MSD)
· Baço (dor referida em MSE)
· Estômago (região dos trapézios)
· Diafragma (ombros)

Outros fatores que podem apresentar dor na região cervicobraquial são as patologias locais, ou que podem gerar dor referida neste trajeto. Abaixo encontram-se as principais patologias com suas caracerísticas mais importantes:

· Câncer vertebral (dor intensa, que não se relaciona com movimento, rebelde ao tratamento e com sinais motores)

· Neurinoma (dor noturna ou ao deitar, síndrome piramidal homolateral e rigidez cervical)

· Siringomielia (alterações da sensibilidade térmica, multirradiculares)

· Distrofia simpático reflexa (dor constante, edema, com alteração da sensibilidade, afetando todo o membro superior)

· Herpes Zoster (dor surda, aparecimento de vesículas no trajeto da raiz nervosa nos dias seguintes)

· Flebite (edema importante)

· Costela Cervical (isquemia de MMSS , com esfriamento dos MM,cianose dos dedos, diminuição importante do pulso radial)

· Síndrome dos Escalenos (formigamentos e diminuição do pulso radial, altera com inspiração forçada)

Para estabelecer um diagnóstico osteopático, devemos iniciar como um exame ortopédico normal e ir adicionando elementos para uma compreensão osteopática da situação que encontrarmos.

Um bom ROTEIRO para o diagnóstico seria:

. Anamnese (Características da dor, intensidade e cronicidade, histórico de traumatismos, cirurgias, doenças pregressas, outras dores e sensações corporais)

. Exame estático (postura, linhas de gravidade, possíveis cadeias lesionais)

. Exame dinâmico (detecção de zonas planas, quebras de continuidade e diminuição de ADM)

. Palpação (temperatura, edema, densidade tecidual, pontos gatilhos e zonas doloridas, palper roller)

. Testes ortopédicos e neurológicos (Teste de Jackson, Teste de Roger-Bikelas, teste de Wright, Sinal de Tinel, flexão máxima do pescoço e percussões tendíneas)

. Exames complementares: raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada Testes específicos da osteopatia (Quick scanning, testes de mobilidade de cada região, teste de Mitchel)
Algo importante de lembrar é a disfunção metamérica e suas repercussões. Uma raiz nervosa, onde há uma inflamação, apresenta alteração da condução elétrica nervosa por causa da alteração do Ph local e por isso, todos os tecidos por ela inervados podem apresentar algum tipo de alteração. Como conseqüencia, teremos repercussões diretas e indiretas:

· As diretas estão relacionadas aos tecidos inervados pela raiz em questão, ou seja: miótomo (hipertonia local, hipotonia a distância e cordões miálgicos), esclerótomo (dor no processo espinhoso e a distância), viscerótomo (disfunções viscerais) dermátomo (dermalgia reflexa), angiótomo (estases locais)

· As indiretas, relacionam-se com as compensações biomecânicas decorrentes das disfunções metaméricas, por exemplo: Uma disfunção de C5, C6 ou C7, pode levar a uma hipotonia do serrátil anterior (repercussão direta), que por sua vez desequilibra a estrutura muscular do ombro podendo levar a uma tendinite do supra espinhoso (repercussão indireta).

O tratamento osteopático, parte basicamente da idéia de promover a liberdade corporal. Desta forma devemos descobrir quais são os movimentos restritos e liberá-los. Tendo em vista os principais bloqueios encontrados nestas síndromes, os quais já foram citados anteriormente, é possível estabelecer um pequeno protocolo de tratamento que permite solucionar grande parte das disfunções em cervicobraquialgia, restando apenas poucos ajustes para alguns casos mais resistentes ao tratamento.

Nunca esquecer que cada paciente tem sua própria conformação corporal e particularidades e por isso os bloqueios e o tratamento nunca serão exatamente iguais de uma pessoa para outra. Após algum tempo em que acontece uma lesão osteopática, surge uma hipermobilidade reacional como forma de compensar a falta de movimento da estrutura lesada. A hipermobilidade é sintomática, porém não devemos manipulá-la, pois, o segmento hipermóvel já está com seu movimento livre. Portanto, muitas vezes tratamos uma cervicobraquialgia sem tocar as cervicais.