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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Saiba como escolher o tênis adequado

Cada atividade física e cada tipo de pessoa precisa de um calçado específico


PISADA SUPINADORA: Onde a pisada inicia no calcanhar do lado externo e mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.



PISADA NEUTRA: Onde se inicia o contato com o solo do lado externo do calcanhar e então ocorre uma rotação moderada para dentro, terminando a
passada no centro da planta do pé.



PISADA PRONADORA: Onde a pisada também se inicia do lado externo do calcanhar, ou algumas vezes um pouco mais para a parte interna, para então ocorrer uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto do dedão.

A escolha do tênis pode evitar até 20% das lesões. Ela deve levar em consideração o tipo de pisada e o formato do pé: plano, cavo ou chato. O pedígrafo (foto acima) é um aparelho que mede os pontos de maior pressão da sola do pé

Variedade de cores, marcas e modelos. Na hora de comprar um tênis é possível escolher entre as mais diversas opções. Porém, é preciso ficar atento a alguns cuidados, como levar o modelo mais adequado para a atividade física que se pretende praticar. Para quem vai fazer corrida leve ou caminhada, por exemplo, o ideal é que a parte de trás do solado seja um pouco mais alta, pois é o calcanhar que sofre os maiores impactos da pisada.

Antes de tudo, na hora de escolher um tênis, é preciso ter em mente que, mais do que beleza, marca e cor, o calçado deve prevenir lesões e controlar as sobrecargas nesta parte do corpo. Qualquer tipo de atividade física (andar, correr, saltar) coloca em ação intensa os músculos, tendões, ligamentos, ossos e articulações e cartilagens. Outros fatores externos também atuam, como gravidade, atrito e resistência do ar. O resultado é um alto estresse músculo-articular, que precisa ser minimizado para não levar a lesões mais graves.

Em uma caminhada ou corrida leve, por exemplo, o impacto do movimento pode ser reduzido pela metade com o uso de tênis que possui sistema de amortecimento, hoje bastante comum na maioria dos modelos. 

Essa tecnologia que diminui o impacto pode variar de bolsas de gás pressurizado ou de gel à base de silicone - ambos dispersam o impacto vertical para a posição horizontal, amortecendo o choque dos pés. Outro sistema é o que utiliza discos de borracha com consistência diferente, colocados na parte do calcanhar, e que devem ser combinados conforme a atividade física, piso e peso. Há ainda as pirâmides de poliuterano revestidas e o sistema de favos e pilares gelificados.

É importante, também, saber qual o tipo de pé que se tem. Para isso, estampe a planta do pé em uma folha de papel. Se for normal, o desenho mostrará o pé inteiro, com uma pequena curvatura na parte interna. Nesse caso, o indicado são tênis de moderada estabilidade, como aqueles com o meio da sola em duas densidades. Estão nessa categoria os tênis de estabilidade ou amortecimento.

Caso tenha o chamado pé chato, o contorno não terá essa curva interna, e a pessoa pode ser pronada. Isso quer dizer que os pés curvam-se para dentro ao andar. Os tênis recomendados são os de estabilidade ou controle de movimento para reduzir o grau de pronação, com solado interno plano ou semicurvo. Estão nessa categoria os tênis de controle de movimento ou estabilidade.

Já se a pegada mostrar apenas a bola do calcanhar e a ponta dos dedos, sem ligação entre eles, a pessoa tem o arco do pé alto (supinado ou subpronado) e geralmente não consegue absorver o impacto de maneira eficiente. O tênis recomendado é o de amortecimento com boa flexibilidade e solado interno curvo para promover o movimento do pé. Nessa categoria estão os tênis de amortecimento.

Quem vai começar a praticar alguma atividade física deve optar por um tênis com ótimo amortecimento para ajudar na adaptação. Como o iniciante também tende a ter passadas maiores, o que gera maior impacto a cada passo, deve investir um pouco mais e comprar um tênis de qualidade superior.

É bom que se saiba que os tênis também têm prazo de validade. É importante substitui-los com regularidade, pois os muito usados perdem a função de amortecimento. Troque por um novo se o solado estiver gasto, com tração diminuída (não sentir firmeza ou escorregar na hora de dar o passo), ou se as costuras estiverem se soltando. De acordo com estudo em laboratório feito na Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo, caso o tênis seja submetido a uma carga intensa (utilização em corrida, por exemplo), o ideal é trocá-lo a cada 500 km. Se for usado para caminhadas, pode durar até 1.000 km. Para saber quando aposentar os tênis, o cálculo é simples. Se a pessoa pratica corrida leve ou caminha 5 km por dia, três vezes por semana, faz no total 15 km por semana. Neste ritmo, o tênis agüenta bem por 66 semanas, ou 1 ano e 3 meses. Para não se perder, anote quando começou a usar o calçado.

Na hora de comprar o tênis é importante conferir alguns detalhes para que fique ainda mais confortável nos pés:

Verifique se não aperta nas laterais.Na parte do calcanhar, o solado deve ter pelo menos 2cm - isso evita os calos. Compre o calçado no fim da tarde; à noite os pés tendem a ficar mais inchados.
Prefira os tênis mais leves. Os pesados ou duros demais podem prejudicar os músculos e as articulações.

Conheça as cinco categorias dos tênis

Amortecimento (cushion): tem a sola macia, oferece maior amortecimento, mas menor suporte. Em geral têm solado interno curvo ou semi-curvo para estimular o movimento do pé. Indicado para quem não precisa de suporte extra nem tem um grau excessivo de pronação. Serve também para quem tem arco do pé alto (pés supinados ou subpronados - leia matéria ao lado).

Controle de movimento (motion-control): são os mais rígidos e feitos para controlar a pronação excessiva. São mais pesados e com solado interno plano para oferecer maior estabilidade e suporte. Ideal para quem tem grau de pronação muito acentuado (pé chato).

Estabilidade (stability): tem solado interno semi-curvo e com boa combinação de amortecimento e suporte. Para quem não tem problemas graves de controle de movimento do pé (super pronação).

Performance (performance ou lightweight): possui solado interno curvo ou semi-curvo. Por ser leve é usado para competições ou treinos em ritmo rápido. Possui maior amortecimento e suporte.

Trilha (trail): especiais para uso em trilhas e terrenos acidentados ou enlameados. Têm grande tração e são bastante estáveis. Indicado para quem quer correr em estrada de terra plana, sem buracos ou lama.
Não se esqueça das meias

É um risco calçar o tênis sem as meias nos dias mais quentes. Quando a temperatura ambiente for de 27º a 30º, por exemplo, o uso de um tênis fechado durante uma hora de caminhada, faz com que a temperatura dos pés chegue a 36º, causando grande secreção de suor. Caso não seja absorvido, a própria umidade aumentará ainda mais o suor. Depois de algumas horas, a pele úmida e as substâncias orgânicas do suor, causarão odor desagradável, além de levar à irritação cutânea e favorecer o aparecimento de infecções, como micoses, eczemas e pé-de-atleta.

O uso de meias de algodão, não muito apertadas para não dificultar o retorno do sangue, poderá evitar uma possível lesão, além de dar mais conforto aos pés nas atividades físicas.

domingo, 22 de agosto de 2010

Postura e Disfunção Temporo-Mandibular

As desordens temporomandibulares, também conhecidas pelo termo disfunção temporomandibular (DTM), constituem um grupo de patologias que afectam os músculos mastigadores, a ATM (articulação temporomandibular) e/ou estruturas associadas.
A incidência deste tipo de disfunção tem vindo a aumentar consideravelmente, calculando-se que na atualidade 50 a 75% da população exibe pelo menos um sinal e 25% tem sintomas associados.
Do mesmo modo, as alterações morfológicas do sistema locomotor (DCE), decorrentes dos hábitos posturais e da idade, constituem nos dias de hoje uma das mais graves doenças no grupo das doenças crónico-degenerativas. Qualquer dos tipos de disfunção pode ser altamente debilitante para o paciente, sendo que, no caso da DTM, os sinais e sintomas podem variar entre: dor, cefaléias, ruído articular; alterações da dinâmica mandibular, desvios e deflexões, restrição dos movimentos e alterações do tônus muscular. Verifica-se ainda que a prevalência é maior em mulheres, bem como adultos com idades compreendidas entre os 15 e os 45 anos.
A hiperatividade muscular corresponde a 80% da etiologia da DTM e tem por sua vez como principal causa a prática de hábitos parafuncionais que são agravados pelo stress emocional. Outras causas são alterações na oclusão, condições sistémicas e, nos últimos anos, alguns autores têm vindo a apontar as alterações posturais, como potencial factor etiológico ou perpetuante da DTM.
A ATM representa a ligação da mandíbula à base do crânio, que por sua vez apresenta conexões musculares e ligamentares com a região cervical. Juntos formam um sistema funcional denominado sistema crânio-cervico-mandibular.
De acordo com Souchard, uma tensão inicial nas cadeias musculares é responsável por uma sucessão de tensões associadas. Cada vez que um músculo se encurta, aproxima as suas extremidades e desloca os ossos sobre os quais ele se insere, bloqueando as articulações e deformando o corpo. Todos os outros músculos que se inserem sobre esse osso, serão alterados pelo deslocamento que se propagará sobre outros ossos e músculos, iniciando assim uma cadeia de eventos danosos ao organismo.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Bricot foi outro dos autores a sustentar que distúrbios do aparelho estomatognático, como a hiperactividade muscular, levam a anteriorização cérvico-escapular. A actividade aumentada dos músculos da mastigação interfere na musculatura de contra-apoio (esternocleidomastoideo, trapézio…) levando ao encurtamento dos músculos posteriores do pescoço e alongamento dos anteriores, promovendo uma projeção anterior do corpo que ultrapassa o quadrilátero de sustentação. Simultaneamente, a posição anterior da cabeça irá provocar distúrbios de posicionamento e funcionamento mandibular, levando a uma crescente tensão na musculatura mastigadora e, consequentemente, DTM.
A este tipo de desordem cervico-espinhal aqui descrito por Bricot, chamou-se Forward Head Posture (FHP) ou Posição Anterior da Cabeça e pensa-se ser a postura anormal mais frequentemente vista em clínica.
FHP – Forward Head Postureou Posição Anterior da CabeçaSegundo Urbanowicz (1991), na FHP dá-se uma extensão do occipital sobre o atlas e do atlas sobre o áxis o que provoca um compromisso da mobilidade. Há uma diminuição da lordose cervical e um aumento da cifose toráxica, observando-se, ao mesmo tempo, a elevação e protrusão dos ombros, alteração da posição de repouso da mandíbula e respiração toráxica superior, o que aumenta a hiperactividade nos músculos acessórios da respiração e respiração bucal com perda de posição de repouso para a língua. Segundo o mesmo autor, a fadiga que os pacientes com DTM frequentemente se queixam pode ser atribuída, em parte, ao efeito da gravidade na FHP, o que causa uma tensão muscular crescente e forças compressivas nos tecidos moles, apófises articulares e superfícies posteriores dos corpos vertebrais, com excessivo alongamento dos flexores do pescoço e encurtamento dos extensores. Por último, o autor refere o encurtamento dos músculos sub-occipitais e supra-hioideos, com alongamento dos infra-hioideos e elevação do osso hioide. Numa segunda fase, pode dar-se extensão da cabeça, numa tentativa de nivelar o plano ocular e melhorar a respiração, o que leva a um aumento da lordose cervical. Ao nível do sistema estomatognático, as consequências mais importantes da FHP são o aumento do tônus dos músculos mastigadores e a alteração na posição do côndilo (posição mais póstero-superior). Por outro lado, a descida do pavimento bucal leva ao abaixamento e protrusão da língua, o que faz com que a mandíbula, na ausência de estabilização durante a deglutição, procure contactos oclusais. Podem surgir prematuridades, dor e pontos gatilho (Trigger points)
Vários autores falam da correlação entre FHP e classe II de Angle, que se estima em cerca de 70%. Bricot descreveu a associação da postura com as classes de Angle e os tipos faciais,
nomeadamente a anteriorização da cabeça e aumento da cifose toráxica dos indivíduos com Classe II e a retrusão da cabeça e rectificação das curvaturas associados à classe III.

Gelb fala das consequências desta anteriorização da cabeça, nomeadamente quando o individuo está sentado, em que a curvatura consequente do corpo pode levar a compressão das vértebras, edos músculos das coxas, compressão abdominal e as já referidas dificuldades na respiração. A sedentarização e a má postura no local de trabalho fazem com que cada vez mais indivíduos tenham queixas com origem neste tipo de fenómeno. Também a dormir, existem posturas erradas que devem ser evitadas, caso contrário o mesmo efeito adverso pode ser observado. São exemplos os quadros de Síndrome do canal cárpico,com origem na compressão do pulso, que ocorre na posição de decúbito ventral, além das consequências para a ATM que este tipo de posição também provoca.
Perpetuação da má posturaPodemos questionar-nos porque é que posturas erradas continuam a observar-se numa população cada vez mais bem informada sobre as consequências de tais comportamentos. A verdade segundo Gelb, é que há uma ilusão de conforto, dada pela sensação de relaxamento e ausência de esforço nos músculos do tronco quando assumimos estas posições, embora o corpo esteja em desequilíbrio, existindo, na realidade, tensão a nível das articulações e ligamentos, bem como ausência de vascularização muscular correcta, pelo que as posturas erradas acabam por provocar colapso das estruturas, fase em que o indivíduo começa a sentir dor. O autor fala ainda da existência de maior concentração de fusos neuromusculares nos músculos da região anterior do tronco, o que leva a que se dê menor reflexa em resposta ao estiramento dos músculos posteriores. Por outro lado, existem autores segundo os quais a perpetuação da má postura está relacionada com o fato de a maioria da população ainda não possuir os conhecimentos ou a vontade de se corrigir a si própria.
Na ausência de fortes indícios há que tomar decisões baseando-nos nas evidências disponíveis, o que se traduz na necessidade de uma abordagem biomecânica global que inclui o corpo como um todo, no exame e elaboração do plano de tratamento do paciente com desordens temporomandibulares. (Fonte: Postura e Disfunção Temporo-Mandibular: Controvérsias Actuais Volume 49, N°2, 2008 Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial)
Nestes casos, existe a necessidade uma avaliação específca multiprofissional (odontológica e fisioterapêutica) 

sábado, 21 de agosto de 2010

Osteopatia - Especialidade da Fisioterapia que trata dores na coluna

A Osteopatia é uma abordagem diagnóstica e terapêutica manual das disfunções de mobilidade articular e tisular que participam no aparecimento de sintomas dolorosos. É então, um método que pesquisa a causa lesional, e o tratamento permite o reequilíbrio das funções do organismo e de estimular o funcionamento normal do corpo, tratando os componentes mecânicos da dor.

Criada pelo Dr. Andrew Taylor Still, médico americano que em seus estudos definiu como “estrutura” as diferentes partes do corpo (ossos, músculos, fáscias, vísceras, glândulas, etc.) sendo que cada uma dessas partes possui uma função definida, não podendo a doença se desenvolver se a relação estrutura/função estiver em harmonia.

Abrange os seguintes campos terapêuticos: Parietal (sistema músculo-esquelético), Crânio – sacral e Visceral.


A lesão osteopática ou disfunção se define como uma restrição de mobilidade em um ou vários parâmetros fisiológicos de movimento como conseqüência: Dor, limitação de amplitude e contratura muscular.


Distinguem-se dois tipos de lesão:


A Lesão primária onde há perda de mobilidade devido a um traumatismo e a lesão secundária onde há perda de mobilidade que se instala como compensação a uma lesão primária (cadeia de reequilibração).


O profissional da saúde recebe noções na universidade que deve observar o homem como um todo, porém ao sair dela não segue esse conceito e peca ao não realizar um bom exame clínico, tratando de modo errôneo e localizado um distúrbio que pode ter origem numa região distante da zona da lesão primária a ser tratada. Vejamos abaixo um exemplo disso.


EX: Uma entorse de tornozelo modificará a biomecânica do pé, pequenos ossos sairão de sua posição anatômica provocando trações em outros ossos, ligamentos e músculos, no caso uma posterioridade do ilíaco (um dos ossos da bacia) levando a um desequilíbrio postural que conseqüentemente provocará os sintomas dolorosos apresentados pelo paciente quando este procura o traumato-ortopedista e posteriormente o fisioterapeuta.

A visão acadêmica de observar o doente como um todo, é reconhecer que os diferentes sistemas do organismo estão conectados e são interdependentes, há um mesmo território de inervação para determinada região da pele, é a mesma que inerva o músculo ou grupamento muscular e um órgão interno ou víscera correspondente.


A Osteopatia vem abrindo cada vez mais espaço para que a Terapia Manual seja uma das ferramentas de auxílio da Fisioterapia no diagnóstico e tratamento de patologias ósteomioarticulares, distúrbios da coluna vertebral, Distúrbios Têmporo-Mandibulares e alterações viscerais, na medida em que detectando a lesão primária e tratando-a, restabelece a função ora comprometida num curto espaço de tempo.



vianajunior@antonioviana.com.br

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Despedida Aeronáutica





Quero agradecer a todos aqueles os quais tive o prazer de conviver por estes 09 anos de Comando da Aeronáutica, sendo 06 desses no Hospital de Aeronáutica de Belém – para os íntimos o grande HABE. E 03 anos na Base Aérea de Fortaleza. Inicialmente à minha turma do QCOA 2001, onde juntos em no CIAAR em Belo Horizonte, aprendemos a marchar, inúmeros regulamentos, nos tornamos oficiais e amigos, mesmo à distância.





Agradecer aos militares com quem convivi, tratei e me tornei amigo em Belém e Fortaleza, desde os Brigadeiros e Comandantes das unidades aos quais prestei serviços fisioterapêuticos, os oficiais superiores, colegas tenentes, amigos Suboficiais e Sargentos que me auxiliaram e muito na condução das chefias que exerci, e principalmente aos taifeiros que prontamente me serviram quando solicitados e aos soldados que comigo estiveram escalados de serviço e me prestaram a devida continência.
Tenham em mim um amigo, que mesmo sem estar mais usando os uniformes que foram minha segunda pele por estes anos, não que fosse minha vontade deixar de usá-los, mas o bom militar deve seguir as normas a ele apresentadas.
Recebam agora minha continência.