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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cervicalgias - Saiba Mais

A coluna vertebral é uma série de ossos individuais, chamados vértebras que, ao serem articulados, constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna cervical é composta por 7 vertebras e entre cada uma delas um disco intervertebral. sendo a primeira vertebra cervical chamada de Atlas, e a segunda de Áxis, pois ambas apresentas características peculiares em relação as outras vertebras cervicais.
Segundo Bienfait (2000), a coluna cervical tem anatomia e fisiologia diferentes da lombar e dorsal. Funcionalmente apresenta necessidades especiais que determinam anatomia e fisiologia. A posição da cabeça coordena todo o nosso equilíbrio.

Dentre as principais funções estáticas pode-se destacar a manutenção vertical e a horizontalidade do olhar. A manutenção da verticalidade da cabeça é controlada pelo sistema labiriíntico-vestibular e o circuito reflexo óculo-cefalo-podálico.

A fisiologia cervical tem, assim, 2 funções: equilibrar a cabeça para proteger sua verticalidade e realizar movimentos com a cabeça para dirigir a visão. A coluna cervical adapta-se à verticalidade e aos movimentos da cabeça em um sistema descendente e todos os movimentos da cervical originam ou acompanham movimentos do tronco. Isto tudo faz com que a cervical seja o compartimento mais móvel da coluna vertebral.
A coluna cervical superior é constituída por 2 sistemas articulares: a articulação occipito-atloidiana (C0-C1) e a articulação atlas-áxis (C1-C2). Cada articulação tem um movimento principal: flexão e extensão para a articulação superior e rotação para a articulação inferior

Esta grande amplitude de movimento da coluna cervical, se adequa às exigências funcionais do cotidiano, e em função de uso intenso, via de regra, este compartimento apresenta fortes dores inclusive com irradiação para MMSS e cabeça

As cervicalgias são comuns em diversas faixas etárias de ambos os sexos, possuindo elevada predominância nas síndromes dolorosas corporais, sendo a segunda maior causa de dor na coluna vertebral, perdendo apenas para a dor lombar. A cervicalgia acomete um número considerável de indivíduos, com média de 12% a 34% da população adulta em alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino, trazendo prejuízos nas suas atividades de vida diária.

A cervicalgia (dor cervical) costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Raramente tem início abrupto, geralmente associam-se com posições viciosas, movimentos exacerbados, longos períodos em posições de tensionamento ou estiramento muscular e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular).


A cervicobraquialgia caracteriza-se por dor cervical com irradiação para membro superior, normalmente devido à compressão da raiz nervosa proveniente da região cervical sub-axial. Trabalhos que envolvam movimentos repetitivos de membros superiores e flexão da coluna cervical estão relacionados à dor cervical
O quadro clínico compõem-se da região cervical dolorida, limitação dos movimentos, cervicobraquialgia e diminuição da força dos membros superiores


Sinais e sintomas das radiculopatias cervicais
Disco Raiz Sinais e sintomas
C2 -C3 C3 Dor: região cervical posterior, mastóide
Alt. sensoriais: região cervical posterior, mastóide
Déficit motor: nenhum detectável pela ENMG
Alt. reflexos: nenhum
C3 - C4 C4 Dor: região cervical posterior, elevador escápula
Alt. sensoriais: cervical posterior, elevador escápula
Déficit motor: nenhum detectável pela ENMG
Alt. reflexos: nenhum
C4 - C5 C5 Dor: pescoço, ombro, face anterior do braço
Alt. sensoriais: área do deltóide
Déficit motor: deltóide, bíceps
Alt. reflexos: bicipital
C5 - C6 C6 Dor: pescoço, ombro, escápula (medial), braço (lateral) antebraço
Alt. sensoriais: polegar e indicador
Déficit motor: bíceps
Alt. reflexos: bicipital
C6 - C7 C7 Dor: pescoço, ombro, escápula (medial), braço (lateral)face dorsal anterior
Alt. sensoriais: indicador, III e IV dedos
Déficit motor: tríceps
Alt. reflexos: tricipital
C7 - T1 C8 Dor: pescoço, escápula (medial), braço (medial) antebraço
Alt. sensoriais: IV e V dedos
Déficit motor: musculatura intrínseca da mão
Alt. reflexos: nenhum

DIAGNÓSTICO

 O diagnóstico depende da história antecedentes pessoais e familiares, exame clínico, e a seguir segundo o raciocínio médico, são solicitados exames subsidiários.

EXAMES COMPLEMENTARES

RX Simples
Está indicado para indivíduos com mais de 50 anos, com manifestações neurológicas, suspeita de doença tumoral, histórias de crise repetidas ou  falhas do tratamento clínico. As posições a serem solicitadas são: frente, perfil (neutra, flexão, extensão), oblíquas esquerda/direita.
Podem ser observadas reduções do espaço discal e osteófitos (šbicos de papagaioš) na margem vertebral, especialmente na região anterior. A invasão de osteófitos no forâmen intervertebral é melhor demonstrada nas projeções oblíquas.


Tomografia Computadorizada
Está indicada no estudo de traumatismos e doenças ósseas. É útil para medida do canal vertebral e o forame de conjugação. 

Ressonância Magnética
Opção preferencial para detecção de patologias de partes moles tais como hérnia de disco e tumores. 

Cintilografia Óssea

Exame em que uma pequena quantidade de material radioativo é injetada no sistema sanguíneo chegando aos ossos sendo detectada por um ?scanner?. É útil para a pesquisa de metástases ósseas (pulmão, mama, próstata, tireóide, rim) e nas infecções e inflamações do disco (discite). 

Exames laboratoriais  

Velocidade de hemossedimentação e a proteína C reativa (PCR) estão elevadas em processos inflamatórios, infecciosos e neoplásicos.

Eletroneuromiografia 

Esse teste avalia os nervos e as funções musculares. É útil quando a clínica e a imagem não permitem localização do nível da compressão e também para o diagnóstico diferencial com a síndrome do túnel do carpo, na diferenciação entre processos do sistema nervoso periférico e central.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

   O diagnóstico diferencial deve ser realizado com síndrome do desfiladeiro ( síndrome compressiva neuro-vascular do plexo braquial), Pancoast (câncer do ápice do pulmão), síndrome do túnel do carpo (síndrome compressiva do nervo mediano no punho) e a periartrite do ombro (processo inflamatório inespecífico do ombro).

ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO

É notória e cade vez mais necessária a intervenção do fisioterapeuta nas disfunções ósteomioarticulares e ligamentares, dentre elas as que causam as cervicalgias. Importante uma criteriosa avaliação para evitar tão somente o tratamento do quadro álgico, e verificação da causa primária que o vem perpetuando. Importante analisar ocupação do paciente, pois uma sobrecarga postural e músculoesquelética pode cronificar o distúrbio. Se possível solicitar e orientar mudanças ergonômicas em seu ambiente de trabalho.
Observar restrições fasciais, principalmente em toda a coluna vertebral e região de cinturas escapulares, bem como uma avaliação dos desequilíbrios posturais apresentados pelo paciente.
Traçar seu plano de tratamento, elegendo os recursos eletrotermofototerapeuticos adequados a cada situação.
Inúmeras técnicas manuais podem ser utilizadas como: Osteopatia, Mulligan, Maitland, Terapia de Liberação Posicional, entre outras, podem restituir a mobilidade das estruturas cervicais, eliminando as contraturas, trigger points, disfunções de vértebras, etc.
Mobilidade dos tecidos moles através de técnicas de liberação fascial são extremamente importantes.
Tratado o quadro álgico e eliminando sua causa primária, o paciente pode entrar na fase de reequilíbrio postural, escolhendo o método que melhor lhe agradar (RPG, Pilates, Alongamentos).


Dr. ANTONIO VIANA DE CARVALHO JÚNIOR

                     (Fisioterapeuta)

Tratamento de Disfunções Ósteomioarticulares

Dores da Coluna Vertebral

Disfunções da ATM

P.O Cirurgias Ortognáticas

(85) 8845-9623/9955-7355

vianajunior@antonioviana.com.br

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